Dia do Escritor: 4 livros para quem ama boa literatura

25 de julho é o Dia Nacional do Escritor. A data surgiu para homenagear os escritores no I Festival do Escritor Brasileiro, organizado na década de 1960, pela União Brasileira de Escritores, dirigida à época, por João Peregrino Júnior e Jorge Amado. Como estamos muito mais em casa, que tal aproveitar esse tempo para um ler um bom livro? Para comemorar o dia do escritor, a Libel selecionou 4 livros para quem ama boa literatura. Confira nossas dicas!

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Nossa primeira dica não poderia ser de outro autor. Machado de Assis é um dos escritores mais importantes do Brasil, e uma de suas obras mais famosas é Memórias Póstumas de Brás Cubas. Inaugurando a fase realista e introduzindo o gênero no Brasil, o livro foi publicado em 1881 e conta a história de Brás Cubas de um jeito totalmente original. Narrada por um “defunto autor”, representante da elite carioca, que, após a morte, sente-se livre para fazer suas críticas, cheias de ironia e pessimismo, à formação do Brasil como país escravocrata e patriarcal. O livro parece sério, mas Machado faz uso de um tom sarcástico e uma narrativa psicológica bem interessante que aproxima ainda mais o narrador de seus leitores. 

O Sol é para todos

Um dos clássicos da literatura mundial, O Sol é para todos é a obra mais famosa da escritora Harper Lee. O romance foi vencedor do Prêmio Pulitzer em 1961, apenas um ano após o lançamento.  A história se passa em Maycomb, cidade fictícia do Alabama, durante os anos 1930, no período da Grande Depressão dos Estados Unidos. Por lá, vive a família Finch, composta pelo pai, o advogado Atticus Finch e os filhos pequenos, Jem e Scout. A vida da família, aparentemente pacata, muda quando o pai decide defender um negro que está sendo acusado de estupro. A narrativa, feita pela filha mais nova, Scout, traz uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça social. Um clássico imperdível do século XX. 

Ensaio sobre a Cegueira

Escrito por José Saramago, aclamado escritor português o Ensaio sobre a Cegueira é seu livro mais consagrado — e o roteiro, inclusive, foi adaptado para o cinema em 2008, sendo dirigido pelo brasileiro Fernando Meireles. O livro retrata a história de uma cegueira branca que se espalha por uma cidade e atinge um enorme número de pessoas, tornando-se uma epidemia, obrigando todos a viver numa verdadeira luta pela sobrevivência. Por meio dessa distopia, Saramago traz valores sociais importantes como a solidariedade e o trabalho em grupo, além do dano que o egoísmo humano pode trazer para a vida em sociedade. Vale a reflexão, especialmente nos tempos em que vivemos. 

Meio Sol Amarelo

Para finalizar, nossa última dica é uma preciosidade escrita pela autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Meio Sol Amarelo conta a história da guerra de Biafra, por meio das vivências de seus personagens principais.  Apesar de virem de diferentes classes sociais e disporem de condições de vida diversas, todos eles foram, invariavelmente, atingidos pelos horrores da guerra civil, que assolou a Nigéria nos anos 1960. Logo, muito mais do que uma história de guerra, o livro é um relato genuíno sobre dramas humanos. A narrativa de Chimamanda é envolvente e prende o leitor do início ao fim — não é à toa que ela é considerada um dos fenômenos literários do século XXI. Leitura imperdível.

Essas são somente algumas dicas, mas existem muitos mais livros maravilhosos para comemorar o Dia do Escritor. Você tem alguma recomendação de livro? Compartilhe conosco nos comentários. Para outras dicas como esta, continue acompanhando o blog da Libel

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